Olá a todos!
Gostavam de conhecer todas as minhas dicas para fazer as melhores manteigas de oleaginosas caseiras?
É uma ótima forma de começar este novo ano, não concordam? Pois é, BEM-VINDOS a 2020! Espero que tenham um ano fantástico, repleto de bons momentos e recheado de felicidade.
Como é mais do que sabido por todos, com o início deste novo período, começam as resoluções, as mudanças e as promessas. Assim, são estabelecidos objetivos por muitas pessoas que, depois, acabam por ser ou não cumpridos. Geralmente, não são… Mas talvez por não possuírem as características SMART: ser concreto, mensurável, realista, relevante e ter uma meta definida.
Tive a oportunidade de perceber mais acerca disto ao assistir ao episódio muito interessante “Como criar um hábito?“, o terceiro do podcast “A Curiosidade Salvou o Gato“, da autoria de Margarida Santos, médica interna de 1º ano de medicina geral e familiar. Para facilitar, se também tiverem curiosidade em assistir, cliquem aqui.
Embora acredite que não devemos esperar pelo ano novo para realizar e concretizar as nossas metas, sei que esta é uma época em que a motivação está lá no alto, o que nos pode ajudar a alcançar o que pretendemos.
Por esta altura, devem estar a começar a interrogar-se: “Mas como é que isto de resoluções e promessas e afins está relacionado com manteigas de oleaginosas”?
Ora bem, no início de 2019, estabeleci o objetivo de passar a fazer as minhas próprias manteigas de oleaginosas. Decidi que o ia cumprir durante o ano (e não logo a partir de dia 1 de janeiro) para ter tempo de me adaptar e… consegui! Agora, todas as manteigas de frutos gordos que comemos cá em casa são feitas por mim: caju, amêndoa, avelã e amendoim! Não voltei a comprar nenhuma e estou muito contente :)
Assim, evito a aquisição de mais embalagens (pois compro as oleaginosas a granel); controlo bem os ingredientes e a forma como são confecionados (por exemplo, aprendi com a Sofia do Blog da Spice que existem manteigas de oleaginosas à venda que são demasiado escuras, uma vez que os frutos gordos, ao serem torrados, ficam quase queimados, o que é de evitar); economizo (dado que as oleagionosas compradas “ao natural” são bem mais baratas); as manteigas ficam mais saborosas do que qualquer uma que já tenha comprado; e ainda me divirto! :)
Deste modo, após esta resolução ter sido um sucesso cá em casa e tendo todas estas vantagens, fez-me todo o sentido escolher esta altura para partilhar convosco tudo o que aprendi ao longo do ano de 2019 e inspirar-vos a tentarem também! Vão ver que, com todas estas minhas dicas, vai ser muitooo fácil eheheh.
Manteigas de oleaginosas – o que são?
Começando pelo “conceito”, as manteigas de oleaginosas ou manteigas de frutos gordos são as vulgarmente conhecidas “manteigas de frutos secos”, ou seja, manteiga de amendoim (a mais badalada), de amêndoa (concorrente direta), de caju (ma-ra-vi-lho-sa) e de avelã (bem gulosa), entre muitas outras delícias.
Explicando melhor, são um creme ou pasta feito através da trituração dos frutos gordos. Estes, sendo fonte de gordura (boa e necessária para o nosso organismo!), ao serem triturados, vão libertá-la aos poucos e, então, irá formar-se a manteiga.
Estas são uma ótima e deliciosa forma de incluirmos as oleaginosas na nossa alimentação. E as possibilidades de as utilizarmos são muitas: barradas no pão (espreitem o Pão com manteiga de amendoim, banana e canela), por cima de umas papas de aveia, misturadas com outros ingredientes para fazer um molho, uma granola, umas bolinhas energéticas… e a lista continua. Confesso que, de vez em quando, sabe-me muito bem abrir o frasquinho de uma delas e comer uma colher exatamente assim :)
Manteigas de oleaginosas – todas as dicas
Ora vamos, então, ver as dicas preciosas para fazerem as melhores e mais deliciosas manteigas de oleaginosas.
Dica nº1 – Conhecer o processo.
Em primeiro lugar, é importante que conheçam o processo de triturar os frutos secos até que estes se transformem em manteiga. Ao colocarem-nos num processador de alimentos e começarem a processar, irão obter primeiro uma farinha. Depois, uma mistura entre farinha e pasta. A seguir, uma pasta com uma textura não muito homogénea e, só no final, a consistência perfeita: mais cremosa ou mais líquida, dependendo do fruto gordo em questão.
Dica nº2 – Utilizar equipamento adequado.
É necessário que escolham um aparelho apropriado para triturar os frutos gordos até ficarem em manteiga. O ideal será um processador de alimentos. A Bimby também resulta muito bem. Com uma picadora (1-2-3) é possível, mas terão muito mais trabalho, uma vez que demora mais tempo e precisam de estar constantemente a pressionar esta máquina (devem, ainda, ter o devido cuidado de modo a que esta não sobreaqueça). No que diz respeito a um liquidificador, este não resulta para esta finalidade e correm o risco de o estragar se experimentarem utilizá-lo.
Dica nº3 – Não utilizar uma quantidade muito grande nem muito pequena de frutos gordos.
Para os processadores de alimentos que geralmente temos em casa, entre 200g e 500g de frutos gordos são a quantidade ideal que devem utilizar. No meu caso, por exemplo, entre 250g e 300g está perfeito.
Por um lado, se excederem estas quantidades, correm o risco de o processador ficar a abarrotar e não triturar tão eficientemente. Para além do mais, irá demorar muito mais tempo a chegar ao mesmo resultado. Por outro, se utilizarem uma quantidade demasiado pequena, os frutos gordos podem não conseguir chegar às lâminas da máquina (ficando presos nas laterais) e não vão conseguir triturar.
Dica nº4 – Torrar os frutos gordos e utilizá-los imediatamente (ainda bem quentes).
Torrar os frutos gordos (10 minutos no forno, a 180ºC, são suficientes), para além de dar um sabor muito bom às manteigas, ajuda a libertar as gorduras que os primeiros têm. Se os utilizarem ainda bem quentes (logo que saiam do forno ou uns minutinhos depois), eles vão libertar as gorduras ainda mais facilmente. Caso optem por deixá-los arrefecer ou por não os torrar, também vão conseguir chegar à consistência de manteiga, mas devem ter em mente que o processo será muito mais demorado.
Dica nº5 – “Descolar” com um salazar ou com uma espátula o que fica colado às laterais do processador.
É normal que, ao triturarem, os frutos gordos comecem a ficar colados às laterais do aparelho que estão a usar (especialmente no início do processo). Deste modo, é importante que ajudem a que isto não aconteça (pois estes frutos gordos não estão a ser triturados). Assim, devem, com um salazar ou com uma espátula, ir descolando as oleaginosas.
Não precisam de estar constantemente a fazer isto. Generalizando, a cada minuto será suficiente. Contudo, se quiserem ser mais precisos, podem aumentar esta frequência no início e diminuí-la no final do processo (onde, se tudo correr bem, fazer isto já não será preciso).
Dica nº6 – Triturar os frutos gordos durante 15 minutos.
A partir dos 10 minutos a triturar, começam a surgir os resultados. No entanto, para que este seja mesmo o melhor possível, sugiro que persistam até aos 15 minutos (ou mais, se for preciso). É desta forma que vão obter as manteigas mais cremosas (no caso das de amendoim e de caju, por exemplo) ou mais líquidas (para a de amêndoa e de avelã).
Dica nº7 – Ser paciente e persistente.
Esta dica pode não parecer dica nenhuma, mas é das mais importantes (se não for a mais importante) e relaciona-se com a dica anterior. Muitas vezes, achamos que já estamos a triturar os frutos gordos há demasiado tempo e que é impossível que estes se transformem em manteiga. No entanto, não é bem assim.
Há vários fatores que podem afetar o tempo necessário para que as oleaginosas se transformem em manteiga (como a potência do vosso processador ou mesmo as características dos frutos gordos que estão a utilizar naquele momento), pelo que os 10 ou 15 minutos podem não ser suficientes em determinados casos. Assim, se continuarem e não desistirem, é apenas uma questão de tempo até obterem o resultado pretendido. Confiem em mim :)
Manteigas de oleaginosas – 4 receitas
Depois de todas estas dicas e informações, penso que já estão todos preparados para pôr mãos à obra. Assim sendo, vamos às receitas!
São quatro: manteiga de amendoim, manteiga de amêndoa, manteiga de caju e manteiga de avelã. Todas diferentes, todas deliciosas.
Nota: Basta carregarem nos títulos ou nas fotografias para acederem às receitas.
1. Manteiga de amendoim
A clássica manteiga de amendoim nunca desilude.
2. Manteiga de amêndoa
Para quem gosta de variar, a manteiga de amêndoa é uma excelente e saborosa alternativa à manteiga de amendoim.
3. Manteiga de caju
Uma perdição. A favorita do meu pai.
4. Manteiga de avelã
De sabor singular e delicioso.
Manteigas de oleaginosas – como conservar
Para terminar, resta-nos perceber como conservar as manteigas de oleaginosas da melhor maneira.
Primeiramente, estas delícias devem ser guardados em frascos limpos e bem fechados, de preferência, de vidro. Depois, podem ser colocadas dentro ou fora do frigorífico, fica à escolha de cada um. Há algumas diferenças entre os dois casos, mas a durabilidade é sempre longa.
Fora do frigorífico, as manteigas mantêm as suas características originais no que toca à consistência, mas ficam mais suscetíveis no que diz respeito a mudanças de temperatura podendo estragar-se com mais facilidade, embora durem bastante tempo. Se apenas tiverem um frasco aberto e o consumirem rapidamente, esta é uma boa opção.
Dentro do frigorífico, as manteigas não ficam expostas a grandes mudanças de temperatura e conservam-se muito tempo. No entanto, graças ao frio, ficam um pouco mais grossas e não tão líquidas ou cremosas. Ou seja, a sua consistência altera-se um pouco. Caso tenham vários frascos abertos ao mesmo tempo e/ou demorem muito tempo a terminá-los, esta é a opção indicada.
Cá em casa, as manteigas de frutos gordos estão sempre dentro do frigoírifico, pois temos sempre várias abertas ao mesmo tempo (geralmente, as quatro cujas receitas estão neste artigo) e não queremos correr o risco de que nenhuma se estrague, ao mesmo tempo que não nos sentimos pressionados a terminá-las rapidamente para que não se estraguem. Podemos consumi-las ao nosso ritmo. E este método tem funcionado muito bem! Até agora, nenhuma se estragou :)
Para além disto, falta apenas referir que, se não utilizarem as manteigas durante algum tempo, é normal que se forme uma camada de óleo na parte superior do frasco. Isto é um processo perfeitamente comum e não tem nenhum problema. É a gordura natural dos frutos gordos, que, com o tempo, começa a separar-se da pasta. A manteiga está em ótimas condições para ser consumida. Antes de o fazerem, precisam apenas de pegar numa faca fininha que chegue ao fundo do frasco e misturar tudo muito bem.
Conclusão
Com tudo isto, espero ter-vos ajudado e aliciado a experimentarem fazer em vossa casa as vossas próprias manteigas de oleaginosas!
Qualquer dúvida, estou à vossa disposição.
Altamente, Kika.
Dá vontade de fazer as 4.
Beijinhos
Obrigada!
Fico muito contente :)
Qualquer dia, tens de experimentar!
Beijinhos,
Francisca